2019
Exposição
CML/MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo
A P 06 studio foi convidada pelo MUDE para desenhar uma exposição temporária dedicada ao design gráfico de Fernando Lemos apresentando ao visitante as várias abordagens gráficas deste artista cuja visão foi revolucionária para a sua geração.
O acesso ao contentor (Torreão Poente da Cordoaria em Lisboa), uma zona monocromático de onde nasce um corredor, com base nos grafismos desenhados por Fernando Lemos, onde o visitante é rodeado pela obra do artista.
A entrada abundante de luz natural através dos vãos que o circundam, com tetos e paredes em branco e pavimento em cinza claro, conferem a neutralidade necessária para servir de moldura à policromia da obra de Fernando Lemos.
Foram aplicadas formas coloridas translúcidas, grafismos desenhados por Fernando Lemos, aplicadas nos vidros “transformando” matéria em luz. Tal como um vitral.
Desenhar uma exposição sobre a obra de um autor tão abrangente e transversal a áreas como a pintura, a poesia, a fotografia, o design de comunicação, a ilustração, até às aplicações gráficas em grande escala na arquitetura, torna irresistível a diversificação de soluções expositivas, acima de tudo, interventivas e disruptivas.
Assim, a exposição define-se e organiza-se com base numa reprodução em grande escala no pavimento, de uma composição gráfica de Fernando Lemos, cuja morfologia gera direções, orientações e formalizações tridimensionais que resultam em volumes e em planos verticais e horizontais, que se traduzem em vitrinas, paredes, painéis e outros elementos de suporte e exposição de conteúdos.
.
Esta composição gráfica, “construída” por pó, depositado no pavimento, pretende “registar” todos os movimentos dos visitantes, através do “rasto” resultante da mistura e do arrastamento das cores, criando assim, uma constante mutação “plástica” do espaço.
Esta composição é complementada com uma longa e sinuosa “mesa” que funciona como suporte de objetos, de comunicação e de grafismos.
Poesias e palavras também aparecem impressas nas paredes, nos tectos e nas vigas, ao longo do percurso do visitante, desde a entrada, e no espaço de exposição, dão corpo aos pensamentos de Fernando Lemos.
Para além desta “apropriação” estética da obra de Fernando Lemos, esta solução vai também ao encontro do conceito curatorial do Chico Homem de Melo, de apresentar a obra do Fernando Lemos como um “Arquipélago” composto por tantas “ilhas”.
Nuno Gusmão
Jacinta Fialho
FG+SG
2019
Exposição
CML/MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo
A P 06 studio foi convidada pelo MUDE para desenhar uma exposição temporária dedicada ao design gráfico de Fernando Lemos apresentando ao visitante as várias abordagens gráficas deste artista cuja visão foi revolucionária para a sua geração.
O acesso ao contentor (Torreão Poente da Cordoaria em Lisboa), uma zona monocromático de onde nasce um corredor, com base nos grafismos desenhados por Fernando Lemos, onde o visitante é rodeado pela obra do artista.
A entrada abundante de luz natural através dos vãos que o circundam, com tetos e paredes em branco e pavimento em cinza claro, conferem a neutralidade necessária para servir de moldura à policromia da obra de Fernando Lemos.
Foram aplicadas formas coloridas translúcidas, grafismos desenhados por Fernando Lemos, aplicadas nos vidros “transformando” matéria em luz. Tal como um vitral.
Desenhar uma exposição sobre a obra de um autor tão abrangente e transversal a áreas como a pintura, a poesia, a fotografia, o design de comunicação, a ilustração, até às aplicações gráficas em grande escala na arquitetura, torna irresistível a diversificação de soluções expositivas, acima de tudo, interventivas e disruptivas.
Assim, a exposição define-se e organiza-se com base numa reprodução em grande escala no pavimento, de uma composição gráfica de Fernando Lemos, cuja morfologia gera direções, orientações e formalizações tridimensionais que resultam em volumes e em planos verticais e horizontais, que se traduzem em vitrinas, paredes, painéis e outros elementos de suporte e exposição de conteúdos.
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Esta composição gráfica, “construída” por pó, depositado no pavimento, pretende “registar” todos os movimentos dos visitantes, através do “rasto” resultante da mistura e do arrastamento das cores, criando assim, uma constante mutação “plástica” do espaço.
Esta composição é complementada com uma longa e sinuosa “mesa” que funciona como suporte de objetos, de comunicação e de grafismos.
Poesias e palavras também aparecem impressas nas paredes, nos tectos e nas vigas, ao longo do percurso do visitante, desde a entrada, e no espaço de exposição, dão corpo aos pensamentos de Fernando Lemos.
Para além desta “apropriação” estética da obra de Fernando Lemos, esta solução vai também ao encontro do conceito curatorial do Chico Homem de Melo, de apresentar a obra do Fernando Lemos como um “Arquipélago” composto por tantas “ilhas”.
Nuno Gusmão
Jacinta Fialho
FG+SG