A abordagem conceptual andou em torno da transparência e da leveza, simbolizando a qualidade etérea da poesia e da história. Imaginámos uma cenografia composta de elementos arquitetónicos transparentes que permitisse aos visitantes navegar perfeitamente por camadas de literatura e contexto histórico. Para isso foi desenvolvida uma estrutura em metal leve, envolta numa tela impressa contínua. Essa tela serviu tanto como uma superfície de exposição, como uma metáfora visual para a fluidez e continuidade da influência literária de Camões.
As paredes da exposição, embutidas com vitrines e nichos, forneceram uma maneira íntima, porém estruturada, de apresentar livros raros, manuscritos e interpretações artísticas do poeta. O tecido transparente não apenas suavizou o ambiente, mas também reforçou a narrativa conceptual da instalação: um equilíbrio delicado entre o passado e o presente, a tradição e a modernidade.
